08 de março de 2018 | por Felipe Martins
Dia da Mulher: da luta por direitos sociais à luta pelo simples direito de viver sem medo

Criado no final do século XIX nos Estados Unidos e na Europa, o Dia Internacional da Mulher surgiu para marcar a luta das mulheres da época por melhores condições de vida e de trabalho. Desde então, a data virou o símbolo da luta feminina por igualdade de direitos. Atualmente, o dia 8 de março, mais do que símbolo dessa luta, tornou-se um marco contra a violência e o abuso contra as mulheres, o feminicídio e a favor da igualdade.

Através do seu trabalho, a fotógrafa Aline Macedo retratou as mutações femininas de forma simbólica, mostrando, a partir dos embates enfrentados, o despertar da força da mulher. O resultado está sendo exibido na exposição RELIGARE, em cartaz no Parque das Ruínas, até abril. Apesar do estereótipo de sexo frágil, que ainda as afastam, de forma injusta e preconceituosa, de grande parte dos cargos de liderança, a maioria das mulheres assume dupla jornada, sendo as responsáveis pelas tarefas da casa, dos cuidados com os filhos e até mesmo com os pais quando são mais velhos. 

Os estereótipos culturais acabam reforçando esse cotidiano de preconceito e desigualdade ainda presente em nossa sociedade. Por isso, temos o prazer de divulgar trabalhos como RELIGARE, valorizando a equidade de gênero e os espaços para discussões legítimas, dando voz àquelas que têm a história marcada pelo tema. A exposição de Aline, retrata o empoderamento feminino, expressando sua voz contra o machismo e o feminicídio ainda presentes. Iniciativas como essa merecem ser visibilizadas e destacadas, como parte importante dessa luta por uma sociedade mais justa para todas.